Revista Destak

Colunas

A Força da Solidariedade: Uma História de Superação e União

Postado em: Notícias | Por: Paulo Reis


Em 2018, uma pequena reunião na igreja Nossa Senhora de Lourdes deu início a algo grandioso. Foi ali que nasceu a Hosfram, um grupo de mulheres unidas pela vontade de fazer o bem. A missão inicial era simples: servir almoços para pessoas em situação de rua. Elas alugaram uma casa, onde não só ofereciam refeições, mas também um espaço para descanso e higiene pessoal. Esse primeiro passo trouxe alívio a muitos, em um ambiente de acolhimento e dignidade.


A Força da Solidariedade: Uma História de Superação e União

 

Em 2018, uma pequena reunião na igreja Nossa Senhora de Lourdes deu início a algo grandioso. Foi ali que nasceu a Hosfram, um grupo de mulheres unidas pela vontade de fazer o bem. A missão inicial era simples: servir almoços para pessoas em situação de rua. Elas alugaram uma casa, onde não só ofereciam refeições, mas também um espaço para descanso e higiene pessoal. Esse primeiro passo trouxe alívio a muitos, em um ambiente de acolhimento e dignidade.

 

Com a chegada da pandemia em 2019, o desafio ficou ainda maior. As restrições impediram os encontros presenciais e, com isso, o grupo teve que se reinventar. Cada voluntária começou a fazer marmitas em casa. Dona Neusa, entre outras, preparava suas refeições e, com a ajuda do frei Zilmar, que fazia as entregas, essas refeições chegavam às pessoas necessitadas, principalmente no horário do jantar. Mesmo com as dificuldades, o grupo se manteve firme, adaptando-se às circunstâncias e encontrando formas de continuar a ajudar.

 

Após a pandemia, com a reabertura e novas oportunidades, o grupo conseguiu um espaço da prefeitura e voltou a servir marmitas, desta vez para um número ainda maior de pessoas. O impacto da pandemia havia deixado muitas sem emprego e sem condições de sustento. Trabalhadores diários, como faxineiras e jardineiros, enfrentaram tempos difíceis e passaram a depender das refeições oferecidas pela Hosfram. Em alguns dias, chegavam a distribuir até 120 marmitas, garantindo que ninguém ficasse sem comida.

 

Ao longo do tempo, o grupo se uniu à Fazenda da Esperança, com a liderança de Frei Zilmar, em um esforço conjunto para continuar suas atividades. Durante quase um ano, todas as ações foram voltadas para o apoio a essa instituição. No entanto, após um período de transição, o grupo voltou a se concentrar em ajudar diretamente as famílias vulneráveis de Garça. Fraldas, cestas básicas, remédios, qualquer necessidade que surgisse, as voluntárias estavam lá para ajudar.

 

Hoje, com um grupo menor, mas ainda cheio de determinação, elas continuam a servir de 30 a 40 marmitas por dia, de segunda a quinta-feira. A união e a vontade de fazer o bem nunca diminuíram. Mesmo com menos voluntárias — de 72 passaram para 30 fixas —, o espírito de solidariedade permanece forte. As marmitas, que antes eram distribuídas principalmente para pessoas em situação de rua, agora também atendem trabalhadores de baixa renda, como catadores de papel e pessoas que sobrevivem de trabalhos diários.

 

Essa história de amor ao próximo e dedicação é um exemplo poderoso de como a união pode transformar vidas. Mulheres, maridos, e a comunidade se juntam para fazer o bem, e o impacto é sentido por muitos que, de outra forma, poderiam estar desamparados.

 

O grupo realizou o primeiro Baila Comigo no Clube CPP no dia 19 de outubro de 2024, um evento que foi um sucesso na comunidade musical de Garça, mostrando que a solidariedade e a alegria podem caminhar juntas.

Veja algumas fotos